Porque é que não andas comigo de mão dada
nem me sussurras ternuras publicamente
mostrando-nos cúmplices e permitindo-me
oferecer-te todo o fulgor do meu desejo?
Porque é que não me seduzes privadamente,
levantando toros, rachando a nossa lenha,
preparando-nos o inverno e sossegando
as minhas entranhas exteriores, que comandam
este escravo corpo, encerrado num espírito
que não o conhece e o julga acerbamente?
Que proclama que te amo, mas que não chega
amar-te se não fores o mundo e não mo deres,
aqui, na minha mão fechada, para que eu o guarde
e reserve as sementes para o futuro.
2 comentários:
Olá, Paula! Acho o sentimento muito bonito, acho a construção um pouco sofisticada de mais, se me permites a crítica. Ou seja, eu penso que poderias dizer o mesmo com versos mais curtos, com menos adjectivos. Entendes? Mas, em minha opinião, tens uma mensagem forte para transmiir. Parabéns! Continua! Um beijinho
Reb, só tem quatro adjectivos...
Enviar um comentário