segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Porque é que me castras e me manténs refém

Porque é que me castras e me manténs refém
do nosso doce lar, das vidas imperfeitas
talhadas nos céus, como tudo o que é divino?
Os caminhos da natureza são diversos,

pedem-me o interdito, o frágil amuleto.
Porque é que repetidamente me provocas
o medo de te perder, e não o desejo
ardiloso de ti, mais do que dos sobressaltos

de um mundo pequeno e breve, onde não caibo?
Ama-me apenas como um mundo que começa
na porta do teu ser, que dele se alimenta

para nos tornarmos maiores, honrar a chama,
a forja de vontades, que em ti proclama
a marca da aliança, o clamor da vida.

domingo, 2 de novembro de 2014

Freelancer

Freelancer da vida, devotada
a tarefas heróicas, desprezíveis,
a febre da vida, remoçada
e a febre de sucessos, repetida.