Porque é que me castras e me manténs refém
do nosso doce lar, das vidas imperfeitas
talhadas nos céus, como tudo o que é divino?
Os caminhos da natureza são diversos,
pedem-me o interdito, o frágil amuleto.
Porque é que repetidamente me provocas
o medo de te perder, e não o desejo
ardiloso de ti, mais do que dos sobressaltos
de um mundo pequeno e breve, onde não caibo?
Ama-me apenas como um mundo que começa
na porta do teu ser, que dele se alimenta
para nos tornarmos maiores, honrar a chama,
a forja de vontades, que em ti proclama
a marca da aliança, o clamor da vida.
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